Missão da FIERN ao Reino Unido mostra que regulação e portos são indispensáveis para ‘offshore’, diz diretor

9/05/2023   14h15

O diretor primeiro tesoureiro da FIERN, empresário Roberto Serquiz, destacou que, para o desenvolvimento do setor de geração de energia eólica offshore [no mar], é fundamental que o Estado tenha infraestrutura portuária e uma regulação que assegure segurança jurídica. Ele afirmou que essas duas condições essenciais ficaram ainda mais claras e demonstradas com as visitas a universidades, centros de pesquisa e portos, durante a missão liderada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte ao Reino Unido, encerrada no sábado (6).

 

“Ficou claro que sem porto e sem regulação não haverá offshore”, afirmou Roberto Serquiz, presidente eleito da FIERN para mandato que inicia em outubro deste ano.

 

 

Ele apresentou os resultados da missão internacional durante a reunião na qual o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, entregou a Agenda Propositiva 2023 para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte à governadora Fátima Bezerra. A reunião foi na segunda-feira (08), na Casa da Indústria, com a participação de diretores da Federação das Indústrias do RN, gestores e secretários estaduais.

 

“A segurança jurídica é fundamental, porque a partir do momento no qual o Poder Público define o que pode e não pode, não tem retrocesso. O porto também é uma condição essencial, uma vez que assegura o atendimento das demandas dos equipamentos que serão necessários”, afirmou Roberto Serquiz.

 

Em paralelo ao Porto-Indústria Verde, ele lembra que existe um outro projeto portuário. “Há um projeto menor, que se pode implantar com mais velocidade, rapidez e com resultados, que é utilizando o Porto-Ilha de Areia Branca”. Ele lembra que o projeto foi apresentado à governadora como alternativa inicial. “E que não atropela o projeto do governo, mas traz uma condição de se começar a se pensar o offshore independente de um projeto maior e que precisa de PPP”, argumentou.

 

 

Ele informou também que a missão ao Reino Unido foi focada na geração de energia eólica offshore. “Tivemos a oportunidade de visitar duas universidades em Manchester, uma voltada para estudos da geração, armazenamento e do transporte da energia eólica na forma do hidrogênio. Vislumbramos que estão buscando a importação, de forma eficiente. Em outra, a preocupação é com a otimização do uso da energia, com estudos de vários laboratórios sobre eficácia. Fazem simulações importantes”, explicou.

 

A programação também incluiu visitas e levantamento de dados sobre instalações portuárias e onde está em desenvolvimento o “Dogger Bank Wind Farm”, projeto que, uma vez concluído, será o maior parque eólico offshore do mundo.

 

“A Federação das Indústrias com a presença de diretores, dirigentes de Sindicatos filiados e do órgão ambiental do Estado fez um relacionamento com instituições universitárias dedicadas à pesquisa aplicada nesta aérea de energia offshore e com importantes centros tecnológicos, além de empresas que fabricam turbina, isso terá resultados positivos para o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis”, acrescentou Roberto Serquiz. Ele afirmou que esse intercâmbio é tão importante quanto os avanços regulatórios e de infraestrutura necessários para que o setor de energia renovável possa se desenvolver no Estado.

 

Leia mais aqui sobre a programação da Missão Internacional da FIERN ao Reino Unido (leia aqui).