Pesquisa Investimentos na Indústria Potiguar aponta que 60% das empresas realizaram investimentos em 2023

29/04/2024   09h48

 

Anualmente, a CNI e federações de indústria costumam consultar empresários do setor
sobre estímulos e entraves aos investimentos no ano anterior, as realizações em relação
ao planejado, as fontes e natureza das aplicações, além de indagar acerca das intenções
para o ano seguinte. A última rodada da pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de
dezembro de 2023, cujos resultados passamos a apresentar. No caso do Rio Grande do
Norte, a edição 2023-2024, contou com a participação de 30 empresas das Indústrias
Extrativa e de Transformação e da Construção.

 

A pesquisa Investimentos na Indústria Potiguar 2023-2024 mostra que 60% das empresas
respondentes realizaram investimentos em 2023 (ante 63% na edição 2022-2023); note-se
que o percentual é o maior desde 2015, quando 72% dos respondentes assinalaram ter
investido naquele ano. Em relação ao plano de investimentos, 22% das empresas
apontaram que os investimentos executados corresponderam ao planejado (contra 32% do
levantamento 2022-2023).

 

Na opinião dos empresários potiguares, o maior obstáculo à realização dos investimentos
em 2023, foi o surgimento de novas incertezas econômicas, mencionado por 60% deles.
Em seguida aparecem expectativa de demanda insuficiente, queda das receitas,
surgimento de novas incertezas setoriais ou do ramo de atividade e instabilidade ou
insegurança jurídica.

 

Os resultados mostram ainda que o foco do investimento planejado para 2023 esteve
concentrado em máquinas e equipamentos novos e/ou usados, seja na aquisição (67%) ou
na atualização e modernização (33%).

 

Quanto às fontes de financiamento, 62% das indústrias potiguares responderam que os
investimentos realizados em 2023, foram financiados com recursos próprios (contra 60%
de 2022). Dessa forma, a porcentagem das que usaram recursos de terceiros diminuiu de
40% para 38%. Ainda em relação a estes, observa-se um avanço na participação tanto dos
bancos oficiais de desenvolvimento (BNDES, Banco do Nordeste, etc.) quanto dos bancos
comerciais públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, etc.): de 14% para 23%,
e de 9% para 13%, nessa ordem. Ao mesmo tempo, recuou o peso de bancos comerciais
privados e de outras fontes, de 6% para 2% e de 11% para 0%, respectivamente.

 

Para 44% das empresas potiguares que investiram em 2023, o desenvolvimento do capital
humano foi a principal ação estratégica do investimento realizado. Outras ações mais
citadas foram, a eficiência energética (38%) e a inovação tecnológica (25%).
No que diz respeito ao ano de 2024, a intenção de investir foi manifestada por 77% dos
respondentes. E o principal objetivo dos investimentos previstos é a ampliação ou melhoria
da capacidade produtiva (55% das citações).

 

Para ver a pesquisa na íntegra acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/04/Investimentos-na-Industria-do-RN_2023-2024.pdf