Plataforma do novo Atlas Eólico e Solar do RN desenvolvida pelo ISI-ER é apresentada no Fórum Nacional Eólico

29/06/2022   15h50

Apresentação foi realizada pelo desenvolvedor da plataforma no ISI-ER, Raniere Rodrigues, com transmissão ao vivo no YouTube

 

A plataforma online do novo Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte, desenvolvida pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), foi apresentada nesta terça-feira (28) no Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, evento promovido pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias (CERNE) em parceria com a empresa Viex-Americas. A apresentação foi realizada pelo desenvolvedor da plataforma no ISI-ER, Raniere Rodrigues, com transmissão ao vivo no YouTube (Clique aqui para assistir). 

 

A sessão contou com participações de Guido Salvi, coordenador da assessoria técnica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), de Darlan Santos, diretor presidente do Cerne, e de Odilon Camargo, CEO da Camargo Schubert Wind Engineering, empresa responsável pela elaboração do primeiro Atlas eólico do RN, publicado aproximadamente 20 anos atrás, em 2003.

 

NOVA PLATAFORMA

A nova plataforma, que reúne dados medidos pelo Instituto SENAI e outras informações sobre infraestrutura e energias renováveis no estado, está no ar desde março deste ano, no endereço atlaseolicosolarn.com.br.

 

O trabalho é parte do projeto “Atlas Eólico e Solar”, que o ISI-ER está elaborando por meio de Termo de Colaboração entre o governo do estado, através da Sedec, e a Federação das Indústrias (FIERN), com execução do SENAI-RN, através do Instituto.

 

A ferramenta vai muito além de fornecer somente “mapas coloridos”, segundo Raniere Rodrigues. “O que estamos oferecendo são informações com seguridade técnica, são respostas para perguntas de diferentes segmentos, que vão desde a academia, que pode utilizar os dados em novas pesquisas, até o mercado e a indústria”, observa, acrescentando que o Atlas deve permanecer “vivo”, com abastecimento contínuo de informações coletadas por torres e estações meteorológicas instaladas em campo, além de outras disponibilizadas por bases de dados oficiais, públicas. O acesso às informações é gratuito.

 

“Esse Atlas que está saindo agora é um grande salto em termos de qualidade e modelamento”, destacou Odilon Camargo, CEO da Camargo Schubert Wind Engineering, se referindo ao trabalho que está sendo desenvolvido pela equipe do ISI. “Muitas áreas que não apareciam, agora estão lá e a gente vê que tem vento muito mais do que a gente sonhava”, complementou, acrescentando que trabalhos dessa natureza são ferramentas de engenharia, para planejamento e norte de investimentos.  

 

A Camargo atua junto com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis no desenvolvimento do novo Atlas com contribuições para simulações de dados e determinação do potencial de geração de energia que serão apresentados na Plataforma – permitindo a identificação de áreas estratégicas e evoluções em comparação com o Atlas de 2003. 

 

“Esse Atlas que está saindo agora é um grande salto em termos de qualidade e modelamento”, disse Odilon Camargo, CEO da Camargo Schubert Wind Engineering

 

DADOS

Dados sobre recurso eólico onshore (em terra) e offshore (no mar) – como velocidade e direção dos ventos – sobre recurso solar, além de estatísticas que permitem cruzar informações sobre diferentes temas, mapas e dados geográficos estão entre as possibilidades que a ferramenta online oferece. 

 

Visualizações que englobam infraestrutura de energia, incluindo a identificação de aerogeradores, parques, subestações planejadas e existentes, linhas de transmissão, infraestrutura de transporte, dados socioeconômicos e ambientais também estão disponíveis ao público.  

 

Os dados são colhidos por meio de estações solarimétricas instaladas em seis municípios e de uma torre anemométrica na região de Areia Branca, com informações, por exemplo, sobre velocidade e frequência dos ventos. As análises são feitas por pesquisadores, pesquisadoras e especialistas do Instituto, entre mestres, doutores e técnicos em áreas como meteorologia, ciências climáticas, geografia, engenharia, energia eólica e solar.

 

Entre os pontos de inovação do trabalho estão a instalação da maior torre anemométrica do Brasil, com 170 metros – altura equivalente a um prédio de 60 andares – para medir informações de vento que serão disponibilizadas na plataforma. 

 

Lideranças políticas e representantes do setor produtivo já classificaram o trabalho como “fundamental para novas fases de investimento no setor de energia do estado”.

 

Durante a apresentação no Fórum, Raniere Rodrigues, do ISI-ER, mostrou as funcionalidades da plataforma e o passo-a-passo para acesso e download de dados.

 

A sessão com o detalhamento da ferramenta foi uma das oito realizadas durante o Fórum, encerrado nesta quarta-feira (29). Entre outros temas, o evento incluiu na pauta energia eólica offshore no Brasil, hidrogênio verde, novidades na operação e manutenção de parques, os novos investimentos, financiamento e comercialização de energia.

 

Nesta quarta, o pesquisador líder do laboratório de Sustentabilidade do ISI-ER, Juan Ruiz, participou da sessão “Energia eólica e hidrogênio verde – uma associação viável”