Presidente da FIERN destaca papel imprescindível de empresários para desenvolvimento do país na FIESC

19/05/2023   17h32

O chanceler da Ordem do Mérito Industrial junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, fez a entrega da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina. Comenda máxima outorgada pela CNI a empresários e apoiadores que destacam pela defesa e desenvolvimento da indústria nacional.

 

Em sua fala durante a solenidade, Amaro Sales ressaltou que os empresários são imprescindíveis para a construção de uma economia pujante e diversificada. “Que faz de Santa Catarina um dos estados mais prósperos do país”, afirmou.

 

 

Para o presidente da FIERN e chanceler da Ordem, o Brasil, a cada dia, tem clamado por reformas e tem a oportunidade de contribuir mais com o mundo. “Precisamos trazer o Brasil de volta ao jogo”, afirmou. O evento ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis, e marcou a abertura da Semana da Indústria naquele estado.

 

Considerada a comenda máxima da indústria nacional, a Ordem do Mérito Industrial da CNI foi entregue aos empresários Ademir Luiz Dalla Lana, Gilberto Tomazoni, Maitê Lang, Milton Hobus, Valdir Moretto, além de Carlos Rodolfo Schneider.

 

 

Maitê Lang, que discursou em nome dos homenageados, contou um pouco da sua história. “Desde pequena, a indústria faz parte da minha família. A fábrica de portas do meu pai e a fábrica de brinquedos do meu tio são memórias muito vivas da minha infância. Talvez por isso, desde cedo, meu desejo era ter minha própria indústria”, disse ela, que abriu a Nugali em 2004.

 

“A indústria é importante não só para as pessoas que estão dentro das fábricas, mas para as famílias e para quem faz parte das cadeias produtivas, que, muitas vezes, envolvem o Brasil inteiro. Na comunidade, gera arrecadação de impostos, empregos, qualificação e educação. A indústria transforma a vida das pessoas”, resumiu.

 

Antes da solenidade da entrega da medalha, a FIESC abriu oficialmente a exposição: ‘125 anos: o legado de Celso Ramos’, uma homenagem da entidade ao industrial que liderou a fundação da Federação, no ano 1950.

 

 

Industriais homenageados

Ademir Luiz Dalla Lana (Grupo Medal, de Luzerna): É sócio-fundador do Grupo Medal, de Luzerna, formado por três empresas: Medal Bombas Hidráulicas, Medal Fundição e Forty Peças. A Medal começou em 1979 no porão de casa, em Joaçaba, com os irmãos Ademir, Altair e Itacir (in memoriam). Hoje, o grupo emprega 280 profissionais e tem filiais em São Paulo, Recife, Goiânia e Curitiba, além de uma subsidiária nos Estados Unidos. Também tem destacada atuação na comunidade, com apoio a projetos educacionais e sociais.

 

Carlos Rodolfo Schneider (Grupo H.Carlos Schneider, de Joinville): Há mais de 20 anos está à frente do grupo empresarial H. Carlos Schneider, formado pelas empresas Ciser (a maior fabricante de fixadores da América Latina), a Ciser Automotive; a FCF (especializada em fixadores para aplicações especiais), a RBE (gestão e comercialização de energia); Hacasa (empreendimentos imobiliários) e a Intercargo (soluções logísticas). Por meio do Instituto ITHIO, o braço social da Ciser, foram investidos mais de R$ 3 milhões apenas em 2021.

 

Gilberto Tomazoni (JBS): Por três anos, ocupou o cargo de vice-presidente da Bunge Alimentos e, em 2013, ingressou na JBS S.A. como presidente global de negócios. Liderou, como CEO, a transformação da Seara Alimentos, comprada pela JBS em 2013. Já em 2015, assumiu a presidência global de operações, além das operações no Brasil, e passou a contribuir com o desenvolvimento dos negócios da empresa no exterior: Estados Unidos, Europa, México, Austrália, Canadá, entre vários outros mercados. Desde 2018, é o CEO e presidente global da JBS S.A, preside o conselho de administração da empresa americana Pilgrim´s Pride Corporation e da Excelsior Alimentos S.A. A JBS é a maior empresa de alimentos do mundo e registrou um faturamento global de mais de R$ 300 bilhões em 2022.

 

Maitê Lang (Nugali Chocolates, de Pomerode): Em 2004, nasceu a Nugali Chocolates, em Pomerode. Com as economias e o conhecimento em grandes indústrias, ela iniciou a empresa com dois colaboradores – atualmente são quase 60. Hoje, a companhia tornou-se a marca de chocolates brasileira mais premiada no mundo e transformou a fabricação do produto em atração turística em 2021: recebe cerca de 150 mil visitantes por ano na sua sede.

 

Milton Hobus (Royal Ciclo, de Rio do Sul): Em 1985, ele e Horst Bremer compraram a Metalúrgica Ciclo, indústria de peças de bicicletas na qual o pai de Hobus trabalhou. Hoje, a empresa se chama Royal Ciclo e é a segunda maior fabricante mundial de pedais e a maior fabricante de peças e componentes para bicicletas da América Latina. Fornece componentes para montadoras como Caloi, Houston Bike e Nathor. Também é responsável por mais de 80% do mercado de reposição no Brasil e exporta para a América do Sul e México. Tem cerca de 200 colaboradores e fatura mais de R$ 150 milhões por ano.

 

Valdir Moretto (UfoWay, de Criciúma): Em 1988, aos 34 anos, tornou-se sócio minoritário da empresa do seu cunhado e a parceria durou cinco anos. Então, Valdir começou a comprar e vender saldos de peças de roupas e também lançou a Golden Jeans, mas que, anos depois, com o fechamento da fronteira, os negócios foram encerrados. Diante dessa situação, a empresa precisou se reinventar e Valdir entrou no ramo private label, com a fundação da UfoWay, que fabrica produtos para grandes nomes da moda nacional e internacional. A companhia, que completou 30 anos em 2022, emprega mais de 900 profissionais e tem um parque fabril de 17 mil m², localizado em Criciúma. A empresa também se destaca nas áreas social e ambiental. No campo social, está à frente de um projeto na Penitenciária Sul Feminina, que capacita mulheres para o mercado de trabalho. Na área da sustentabilidade, a UfoWay instalou um sistema com capacidade para tratar todo o efluente gerado.