A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, mostra que a produção industrial potiguar continuou a cair em outubro (com indicador de 47,8 pontos), embora com menor intensidade quando comparada a setembro (44,5 pontos). Acompanhando o desempenho negativo da produção, o emprego também registrou queda (49,3 pontos).
Mesmo assim, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou de 72% para 73%. Com o incremento, a UCI coincidiu com o nível de outubro de 2022 e encontra-se 3 pontos percentuais sobre sua média histórica (hoje em 70%). Além disso, o nível de estoques de produtos finais aumentou na passagem de setembro para outubro de 2023 (53,4 pontos) e ficou acima do nível planejado pelo conjunto da indústria (44,6 pontos).
Em novembro de 2023, as expectativas dos empresários industriais potiguares para os próximos seis meses estão pessimistas quanto à demanda (49,9 pontos), ao número de empregados (47,9 pontos), às compras de matérias-primas (47,8 pontos) e à quantidade exportada de seus produtos (45,0 pontos). Mesmo assim, a intenção de investimento continuou a subir, atingindo 66,0 pontos, o que representa alta de 6,2 pontos em relação a outubro (59,8 pontos), de 11,2 pontos sobre o indicador de novembro de 2022 (54,8 pontos) e de 14,8 pontos no que tange à sua média histórica (hoje em 51,2 pontos).
Analisando os resultados por porte de empresa, nota-se uma prevalência de avaliações divergentes quanto ao aspecto conjuntural. As pequenas indústrias, com melhor desempenho, e revertendo o comportamento do mês anterior, assinalaram crescimento na produção, na utilização da capacidade instalada – UCI, estoques de produtos finais estáveis e dentro do nível planejado, mas reportaram queda no número de empregados.
Em contrapartida, as médias e grandes empresas sinalizaram queda na produção, estabilidade na UCI e no número de empregados, e estoques em alta e acima do desejado. Apesar da reação das pequenas a UCI destas segue muito abaixo do nível das médias e grandes (67% contra 75%).
No que diz respeito às expectativas em relação aos próximos seis meses, as empresas de menor porte preveem crescimento na demanda e nas compras de matérias primas, em sentido oposto ao das médias e grandes. Todavia, ambas coincidem quanto à perspectiva de queda no número de empregados e convergem no que diz respeito ao aumento da intenção de investimento. Ressalte-se que a intenção de investimento foi um dos principais destaques desta Sondagem, sobretudo a intensidade do crescimento identificado entre as pequenas.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 21/11 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram crescimento na produção (indicador de 50,9 pontos), estoques acima do planejado (51,2 pontos); e as expectativas para os próximos seis meses são otimistas com relação à demanda (52,3 pontos) e às compras de matérias-primas (51,0 pontos).
Para ver a Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte na íntegra, acesse: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2023/11/SONDIND_outubro2023.pdf