A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, a produção industrial potiguar caiu em dezembro de 2023 (indicador de 35,1 pontos), o que é comum para o período. Acompanhando o desempenho negativo da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 8 pontos percentuais na passagem de novembro para dezembro, atingindo 65%, e ao situar-se abaixo da média dos meses de dezembro da série (68%), mostra que o indicador é inferior ao padrão usual para meses de dezembro. Em linha com a queda da produção, o emprego industrial também recuou (45,3 pontos).
Adicionalmente, os estoques de produtos finais caíram frente ao volume observado em novembro (39,7 pontos), o que é esperado para o período; e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria (43,3 pontos). No quarto trimestre de 2023, os resultados da Sondagem também registraram piora das condições financeiras. Os empresários potiguares mostraram maior insatisfação com suas margens de lucro (39,1 pontos) e com a situação financeira de suas empresas (43,8 pontos). O acesso ao crédito foi apontado como mais difícil do que no trimestre anterior (40,9 pontos). Além disso, o ritmo de aumento no preço médio das matérias-primas também se acelerou no trimestre, conforme indicador de 59,4 pontos (contra 58,3 pontos do terceiro trimestre).
Entre as principais dificuldades enfrentadas pela indústria potiguar no quarto trimestre de 2023, destacam-se a elevada carga tributária, competição desleal, inadimplência dos clientes, demanda interna insuficiente, falta ou alto custo da matéria-prima, falta ou alto custo de trabalhador qualificado e falta de capital de giro. Em janeiro de 2024, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são otimistas quanto à demanda (60,2 pontos), ao número de empregados (53,2 pontos) e às compras de matérias-primas (57,8 pontos). Todavia, preveem estabilidade na quantidade exportada de seus produtos (50,0 pontos). A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir, atingindo 63,4 pontos, o que representa avanço de 2,8 pontos em relação a dezembro (60,6 pontos), e encontrase 6,9 pontos acima do indicador de janeiro de 2023 (56,5 pontos) e 12,0 pontos sobre sua média
histórica (agora em 51,4 pontos).
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram aumento na produção, no número de empregados e nos estoques de produtos finais; preços médios das matérias-primas em equilíbrio no trimestre; e preveem estabilidade no número de empregados nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram queda na produção, no número de empregados e nos estoques de produtos finais; aumento dos preços das matérias-primas no
trimestre; e as perspectivas para os próximos seis meses são de crescimento no número de empregados.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 24/01 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram satisfação com a situação financeira de suas empresas (indicador de 51,1 pontos), e preveem aumento nas exportações nos próximos seis meses (53,8 pontos).
Confira a Sondagem Industrial do RN completa no link:
https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/01/SONDIND_dezembro2023.pdf
Para mais informações sobre a Sondagem nacional, favor acessar o link:
https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/6f/70/6f709b78-b7cd-4b49-a108-28c5e57155f1/sondagemindustrial_dezembro2023.pdf