Roberto Serquiz destaca Cluster Tecnológico Naval do RN como exemplo de ESG

8/05/2024   17h38

 

 

 

O alinhamento do Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte às práticas de ESG — governança ambiental, social e corporativa, em tradução livre do inglês — foi destaque no discurso do presidente da FIERN, Roberto Serquiz, na solenidade de lançamento do Cluster a novos associados. O evento aconteceu nesta terça-feira (7), na Casa da Indústria, com a presença da governadora Fátima Bezerra, do presidente do cluster e vice-presidente da CNI, Amaro Sales, além de representantes das empresas fundadoras e do setor produtivo potiguar, empresários e autoridades civis e militares.

 

 

Serquiz destaca que o oceano precisa ser explorado à luz do conceito de ESG, respeitando a biodiversidade, a segurança alimentar, os direitos trabalhistas, a redução da pegada de carbono e os princípios de compliance. “Esse é o grande desafio e tarefa à qual o Cluster se propõe, convidando novas empresas, instituições públicas e privadas para pensar em como gerar aproveitar as oportunidades de forma ordenada, sustentável e responsável”, ressalta.

 

 

“Temos um ativo natural que torna o Rio Grande do Norte um estado vocacionado para a atividades produtivas que envolvem o mar”, afirma Serquiz. “Com toda essa riqueza, precisamos pensar na estrada a ser pavimentada para alcançar o desenvolvimento”, acrescentou ao mencionar as atividades ao longo da Costa Potiguar, abrangendo a fruticultura, sal marinho, energia eólica onshore e com perspectiva para offshore já mapeada, petróleo, pesca oceânica, pesca artesanal, turismo, aquicultura, mineração, estrutura portuária e indústria de alimentos.

 

 

Diante desse cenário, Serquiz cita, como paradigma para a atuação do Cluster, os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, que incluem a Energia acessível e limpa, Indústria, inovação e infraestrutura e o Respeito à vida debaixo d’água. “O que precisamos é unir a iniciativa privada, o poder público e a academia para pensar as melhores formas de alcançar a prosperidade com sustentabilidade e responsabilidade social. Esses são pilares da visão da indústria moderna”, declara.

 

 

 

Ele aponta que o Cluster terá o papel de integrar as diversas partes interessadas no desenvolvimento do estado. “Precisamos pensarmos juntos como termos desenvolvimento utilizando os recursos de modo ordenada, sustentável e responsável”, disse. “Quando se fala em ESG, se fala sem negócios com responsabilidade social e ambiental. E essa responsabilidade é coletiva, desde as empresas até os órgãos reguladores e de licenciamento. Por isso, essa integração é muito importante para esse ambiente de prosperidade”, completa Serquiz.

 

 

O presidente da FIERN lembrou ainda que a criação da entidade se deu a partir de uma provocação do Almirante Edésio Teixeira, presidente da Empresa de Gerenciamento de Projetos Navais (Emgepron), acolhida pelo então presidente da Federação, Amaro Sales, que hoje preside o cluster. “Diante da grandeza do potencial que temos no Rio Grande do Norte e da expertise com os clusters do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, o então presidente Amaro Sales acolheu a oportunidade e tivemos as seis empresas que incorporaram a ideia e fundaram o cluster – a 3R Petroleum, Emgepron, Intermarítima, FIERN, SENAI e Coopesbra”, afirma.

 

 

O Cluster Tecnológico Naval do RN é uma associação civil sem fins lucrativos ou político partidários – composta por três empresas fundadoras (3R Petroleum, Emgepron e Intermarítima) e três instituições eméritas (FIERN, SENAI e Coopesbra), que visa impulsionar a geração de negócios relacionados à economia do mar potiguar e se amplia para os demais estados nordestinos. Tem como propósito a criação de um ecossistema de prosperidade, atuando em tríplice hélice frente a indústrias, fornecedores de produtos e serviços, armadores, investidores e demais partes interessadas nos principais segmentos de atuação.

 

 

Durante o evento de lançamento do Cluster ao mercado, a governadora Fátima Bezerra anunciou a entrada do Governo do Estado na associação e enalteceu o papel de debater a economia do mar. “O Cluster é um projeto muito inovador que vai abordar a economia de um futuro que já começou”, declara.

 

 

“É uma iniciativa pioneira no Nordeste e olha para os potenciais do Rio Grande do Norte, como as energias, a pesca e até o turismo. O governo tem um papel fundamental nesse cenário, na regulamentação para garantir o desenvolvimento dessas atividades”, completa Fátima.

 

 

A associação conta com uma estrutura de governança que se propõe, entre outras frentes, a representar o ambiente marítimo na proposição de pautas desenvolvimentistas para o governo. É também um apoiador da Federação das Indústrias, uma das principais sócias fundadoras do Cluster.

 

 

Texto: Guilherme Arnaud

Fotos: Líria Paz