Sondagem Indústria da Construção mostra que utilização da capacidade operacional ficou em 40%

26/01/2021   12h45

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, aponta que, na
percepção dos empresários do setor, a atividade se manteve em queda no mês de dezembro e
ficou abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de
2013. A menor atividade se reflete também no número de empregados, que voltou a cair. O nível médio de
utilização da capacidade operacional (UCO), por sua vez, atingiu 40%.

 

 

Com esse resultado, o indicador encontra-se 3 pontos percentuais abaixo do valor observado em novembro (43%) e 9 pontos aquém de sua média histórica (hoje em 49%). O indicador, entretanto, ficou 8 pontos percentuais acima do valor observado em dezembro de 2019 (32%).

 

No quarto trimestre de 2020, todos os indicadores que medem as condições financeiras das empresas do
setor caíram comparativamente ao trimestre anterior, e estão bem abaixo da linha divisória de 50 pontos,
mostrando insatisfação com a lucratividade e a situação financeira, além de dificuldades no acesso ao
crédito. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas, que já estavam
altos, voltaram a subir comparativamente ao trimestre anterior.

 

A demanda interna insuficiente, a falta ou alto custo da matéria-prima, a elevada carga tributária, a
inadimplência dos clientes e a falta de capital de giro aparecem como os principais problemas enfrentados
pelo setor no quarto trimestre de 2020.

 

Em janeiro de 2021, as expectativas dos empresários para os próximos seis meses quanto ao nível de
atividade, às compras de matérias-primas, à contratação/execução de novos empreendimentos e ao número
de empregados, são otimistas. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, alcançando 31,6
pontos – recuo de 4,1 pontos na comparação com dezembro (35,7 pontos) e de 1,3 ponto em relação a
janeiro de 2020 (32,9 pontos).

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os
resultados nacionais divulgados em 25/01 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações
convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, a avaliação das condições financeiras foi menos
negativa no quarto trimestre de 2020 e o índice de intenção de investimento cresceu pelo terceiro mês
seguido, ficando assim, acima da sua média histórica (hoje em 34,6 pontos) e em níveis iguais aos
registrados no início de 2020, antes da crise provocada pela pandemia de covid-19.

EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA

Os resultados da Sondagem Indústria da Construção CNI/CBIC/FIERN, realizada entre os dias 4 e 15 de
janeiro de 2021, mostram que a atividade do setor no Rio Grande do Norte voltou a cair fortemente em
dezembro e ficou abaixo do padrão usual para o período.

 

O indicador do nível de atividade decresceu 16,8 pontos em dezembro, passando de 47,9 para 31,1 pontos,
mostrando queda em relação ao mês anterior (valores abaixo de 50 pontos indicam retração). Na
comparação com dezembro de 2019, o indicador caiu 12,0 pontos (43,1 pontos).

 

 

O indicador de evolução do número de empregados caiu 0,9 ponto em dezembro de 2020, passando de
46,8 para 45,9 pontos, revelando queda em relação ao mês anterior (valores abaixo de 50 pontos indicam
retração). A despeito do resultado negativo, o índice alcança o maior valor para um mês de dezembro desde
2018, quando alcançou 47,2 pontos. Na comparação com dezembro de 2019, o indicador subiu 2,6 pontos
(43,3 pontos).

 

O índice do nível de atividade efetiva em relação ao usual, que mostra o padrão de aquecimento da Indústria
da Construção, recuou 0,4 ponto em dezembro de 2020, passando de 27,5 para 27,1 pontos, mostrando
que, na percepção dos empresários, a atividade do setor estava abaixo do padrão usual para meses de
dezembro. Na comparação com dezembro de 2019, o índice caiu 1,6 ponto (28,7 pontos).

 

O indicador de evolução do número de empregados caiu 0,9 ponto em dezembro de 2020, passando de
46,8 para 45,9 pontos, revelando queda em relação ao mês anterior (valores abaixo de 50 pontos indicam
retração). A despeito do resultado negativo, o índice alcança o maior valor para um mês de dezembro desde
2018, quando alcançou 47,2 pontos. Na comparação com dezembro de 2019, o indicador subiu 2,6 pontos
(43,3 pontos).

 

 

No link abaixo, está disponível a íntegra dos dados e da sondagem Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, referente a dezembro:

 

https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2021/01/Sondagem-Industria-da-Const_dez2020.pdf