A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, apontou moderação no desaquecimento da atividade em abril, segundo a percepção dos próprios empresários. O índice que mensura o nível de atividade avançou de 37,5 para 41,1 pontos, mas, ao ficar abaixo da linha de 50 pontos, sinaliza que o setor continua na zona de desaceleração. Esta tendência vem persistindo desde agosto de 2024 e pode ser atribuída ao aumento crescente dos juros e à dificuldade de acesso ao crédito, destacados entre os principais problemas enfrentados pelo setor na Sondagem de março. Acompanhando o desempenho da atividade, o número de empregados também caiu (41,1 pontos) pelo nono mês seguido. Mesmo assim, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) aumentou para 45%, 3 pontos percentuais (p.p.) sobre o indicador de março (42%), mas 4 p.p. abaixo do patamar de abril de 2024 (49%) e 3 p.p. aquém de sua média histórica, atualmente igual a 48%.
Em maio de 2025, as expectativas dos empresários da Indústria da Construção potiguar em relação aos próximos seis meses são de desaceleração no nível de atividade, nas compras de insumos e matérias primas e nos novos empreendimentos e serviços (todos com 47,7 pontos), embora seja esperado crescimento no número de empregados (52,3 pontos). Já a intenção de investimento voltou a recuar (de 31,0 para 27,6 pontos), atingindo o menor índice dos últimos 21 meses.
Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados divulgados em 27/05 pela CNI para o conjunto do Brasil, observam-se tendências convergentes no que diz respeito à continuidade na desaceleração do nível de atividade e do número de empregados (índices de 47,3 e 48,1 pontos, respectivamente, no caso nacional). Entretanto, diferentemente dos resultados do Rio Grande do Norte, os empresários do conjunto do país apontaram que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) ficou estável em 67% – pelo sexto mês consecutivo; as expectativas continuam otimistas em relação ao nível de atividade, aos novos empreendimentos e serviços e às compras de insumos nos próximos seis meses (indicadores de 53,4; 52,8 e 52,6 pontos, respectivamente); e o índice de intenção de investimento nacional também aumentou (de 41,0 para 43,5 pontos).
EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA
Os resultados da Sondagem Indústria da Construção do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 5 e 14 de maio de 2025, mostram que o nível de atividade do setor suavizou a desaceleração em abril. A evolução do setor vem apontando uma tendência de desaquecimento da atividade desde agosto de 2024, quando o nível do indicador correspondente passou a oscilar continuamente abaixo da linha de 50 pontos.
O indicador do nível de atividade avançou 3,6 pontos em abril de 2025, passando de 37,5 para 41,1 pontos, suavizando o declínio comparativamente ao mês anterior. Trata-se do nono mês consecutivo de queda (abaixo dos 50 pontos). Em relação a abril de 2024, o indicador de atividade declinou 6,6 pontos (47,7 pontos) e está 2,5 pontos aquém de sua média histórica (hoje em 43,6 pontos).
O indicador de evolução do número de empregados caiu 3,4 pontos em abril de 2025, passando de 44,5 para 41,1 pontos, acentuando a queda no emprego em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2024, o indicador recuou 11,2 pontos (52,3 pontos).
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