Sondagem da FIERN mostra que atividade industrial potiguar volta a cair em setembro

26/10/2017   16h31

 

A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN (Veja a íntegra), revela que no mês de setembro, a produção industrial potiguar voltou a cair, após ficar estável em agosto. O índice de evolução do número de empregados, por sua vez, ficou acima dos 50 pontos, apontando crescimento do emprego industrial na comparação com o mês anterior. A utilização média da capacidade instalada da indústria (UCI) aumentou de 66% em agosto para 68% em setembro, mas ainda é considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para o período, tendência que vem se repetindo ininterruptamente desde setembro de 2011.

 

Além disso, os estoques de produtos finais recuaram em relação ao mês anterior e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria. Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observa-se, em alguns aspectos comportamento diferenciado e quadro de maior dificuldade entre as empresas de menor porte. As pequenas indústrias reportaram queda no número de empregados e nos estoques de produtos finais, e permanecem pessimistas com relação à evolução futura da demanda, do número de empregados, das compras de matérias-primas e do volume exportado de seus produtos. As médias e grandes empresas, por sua vez, sinalizaram aumento do pessoal ocupado e estabilidade nos estoques de bens finais; e preveem aumento na demanda, no número de empregados e nas compras de insumos e estabilidade nas vendas externas nos próximos seis meses.

 

Em outubro, as perspectivas estão positivas quanto à evolução futura da demanda e das compras de matérias-primas. Observa-se, inclusive, um aumento do otimismo em relação ao levantamento anterior. Contudo, os empresários ainda esperam queda no número de empregados e nas exportações. As intenções de investimento, por sua vez, apresentam sinais de melhora pelo terceiro mês seguido, o índice de 49,7 pontos representa um crescimento de 6,8 pontos na comparação com outubro de 2016.

 

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se menos insatisfeitos com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas. Além disso, o acesso ao crédito continuou difícil no terceiro trimestre de 2017, e os preços médios das matériasprimas aumentaram em relação ao trimestre anterior. Registre-se, no entanto, que, no geral, as condições financeiras estão menos difíceis para as médias e grandes empresas.

 

O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continuou sendo a elevada carga tributária, embora as assinalações tenham caído relativamente ao segundo trimestre de 2017; seguida pela competição desleal e pelas altas taxas de juros. Registre-se, ainda, o significativo aumento de citações dos problemas relacionadas à demanda interna insuficiente.

 

Comparando-se os indicadores mensais e trimestrais avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 26/10 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram queda moderada no número de empregados, estoques de produtos finais relativamente estáveis, mas um pouco acima do nível planejado pelas empresas; e esperam aumento de suas vendas externas.

 

Para maiores informações sobre a Sondagem nacional, favor acessar o link: http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industrial/