Sistema FIERN e Emgepron, da Marinha, lançam Cluster Tecnológico Naval no RN e assinam acordo para fortalecer o offshore na região

23/05/2022   16h38

A geração de energia offshore, que espera os primeiros licenciamentos no RN, é uma das atividades esperadas no Cluster. Imagem mostra parque eólico no exterior

 

 

O Sistema FIERN e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), da Marinha – principal referência em engenharia estratégica no Brasil – lançam, nesta terça-feira (24), o “Cluster Tecnológico Naval” do Rio Grande do Norte, o primeiro a ser criado na região Nordeste do país.

 

“O Cluster será uma associação de instituições, com o objetivo de discutir desafios, estratégias e soluções que ajudem a fortalecer a nossa pujante economia do mar”, diz o presidente do Sistema FIERN, que engloba a Federação das Indústrias, o SENAI-RN, o SESI e o IEL no estado, Amaro Sales de Araújo.

 

A criação do grupo, segundo ele, ocorre em um momento chave para o estado, em que os primeiros projetos de energia eólica offshore – a energia que será gerada por parques eólicos no mar – estão à espera de licenciamentos e da regulamentação da atividade no Brasil.

 

Representantes do setor, que tem o RN como uma das zonas mais promissoras para investimentos, e de outros já tradicionais na economia, como o turismo, as indústrias metal mecânicas, de petróleo e gás, além da pesca oceânica – que lidera a produção e as exportações nacionais de pescados – estão entre os participantes convidados.

 

Governos, portos e outras instituições que contribuem para a competitividade dos negócios, como a própria Federação, o SENAI, o Sebrae e a academia também são esperados.

 

Segundo Amaro Sales, presidente do Sistema FIERN, desafios, estratégias e soluções que ajudem a fortalecer a economia do mar serão pautas do Cluster

 

A proposta de criação do Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte será apresentada pelo diretor presidente da Emgepron, vice-almirante Edesio Teixeira Lima Junior, na palestra “Oportunidades para a Economia do Mar”, com início previsto às 16h na Casa da Indústria. 

 

São esperadas para o evento instituições como Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Agência Espacial Brasileira (AEB), Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Prefeitura de Natal, SENAI-RN, SESI e IEL. 

 

Clusters semelhantes já estão em operação no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. 

 

Articulação

A ideia de uma associação também no Rio Grande do Norte começou a ser gestada em março deste ano, durante reunião na sede da Emgepron, no Rio de Janeiro, entre o diretor presidente da empresa, o diretor técnico-comercial, almirante Flávio Macedo Brasil, o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e, a partir deste mês, diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, e o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, Antonio Medeiros. Na ocasião, foram discutidas futuras parcerias para viabilizar a exploração de energias no mar.

 

“O Cluster Tecnológico Naval é uma ferramenta de desenvolvimento regional. Ele está sendo criado no Rio Grande do Norte para sistematizar o debate e construir uma soma de esforços que ajude a potencializar atividades que são grandes geradoras de investimentos e empregos, e que também sinalizam novas oportunidades para o estado”, observa o diretor do SENAI, Rodrigo Mello.

 

Cooperação

Uma dessas atividades, a de energias renováveis, está no centro de um Acordo de Cooperação Técnica que o SENAI-RN e a Emgepron também assinam em Natal nesta terça-feira.

 

Projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados à economia do mar, que envolvam a formação simultânea de mestres e/ou doutores/as; consultorias técnicas; programas de estágios para pesquisadores/as e alunos/as; apresentação de seminários, ciclos de palestras e/ou realização de cursos; além de serviços técnicos de apoio à pesquisa e desenvolvimento estão entre as possibilidades que se abrem no estado a partir da iniciativa.

 

O prazo de vigência será de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por períodos iguais e sucessivos.

 

Ideia do Cluster Naval do RN começou a ser gestada em março deste ano, durante reunião entre a Emgepron, o ISI-ER e a Agência Espacial Brasileira

 

SOBRE A EMGEPRON

A Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando da Marinha do Brasil, cujas finalidades principais são: Promover a Indústria Naval Brasileira; Gerenciar projetos integrantes de programas aprovados pelo Comando da Marinha; Promover e executar atividades vinculadas à obtenção e manutenção de material militar naval. A Empresa atua na gerência de projetos, contratada pela Marinha, e também na comercialização de produtos e serviços disponibilizados pelo setor naval da indústria da defesa nacional, incluindo embarcações militares, reparos navais, sistemas de combate embarcados, munição de artilharia, serviços oceanográficos e apoio logístico, entre outros.