SONDAGEM INDUSTRIAL: Produção industrial potiguar modera crescimento em junho

23/07/2021   14h52

 

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que, em junho, o volume de produção industrial cresceu menos na comparação com o mês anterior. Mesmo assim, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou mais uma vez, de 69% para 71%. Com tal avanço, a UCI efetiva foi considerada pelos empresários consultados como acima do padrão usual para meses de junho, interrompendo uma tendência que vinha se repetindo, ininterruptamente, desde agosto de 2018. Entretanto, o desempenho da produção, não foi suficiente para estimular o emprego, que voltou a registrar queda (indicador de 48,6 pontos). Os estoques de produtos finais também caíram e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

 

As expectativas da indústria potiguar para os próximos seis meses se revelaram otimistas com relação aos quatro indicadores avaliados, a saber, demanda, número de empregados, compras de matérias-primas e exportações. Mas o índice de intenções de investimento registrou o segundo recuo seguido na comparação mensal, mas, ainda assim, continuou acima do patamar verificado em junho de 2020.

 

No segundo trimestre de 2021, tanto a margem de lucro operacional como a situação financeira foram avaliadas como insatisfatórias pelos empresários industriais potiguares, embora esta última tenha suavizado; e o acesso ao crédito segue difícil. Quanto aos preços médios das matériasprimas, os empresários os avaliaram como elevados, embora tenham atenuado em relação ao primeiro trimestre.

 

O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continuou sendo a Falta ou alto custo da matéria-prima, seguida pela Elevada carga tributária e pela Falta ou alto custo de energia. Em tendência contrária, merece destacar o recuo significativo nas citações relativas à Demanda interna insuficiente, uma vez que este é um dado importante para a recuperação da indústria.

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se comportamentos convergentes, inclusive com as pequenas superando o desempenho das médias e grandes em alguns aspectos, como o indicador de volume da produção e o de UCI efetiva em relação ao nível usual. Além disso, as pequenas registraram acúmulo de estoques de produtos finais pelo segundo mês seguido, ao contrário das maiores, que assinalaram queda. Portanto, a indústria potiguar de menor porte mostra, pelo segundo mês seguido, sinais claros de recuperação, contribuindo assim para fortalecer o resultado do conjunto do setor. Todavia, vale destacar que, em termos de intenção de investimento nos próximos seis meses o índice das médias e grandes ainda supera significativamente o das pequenas.

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 23/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que as avaliações convergiram no que diz respeito à moderação no crescimento da produção e na percepção de menor incremento nos preços dos insumos e matérias-primas relativamente ao trimestre anterior. Mas em ambos os casos estes custos continuam sendo citados como o principal problema enfrentado pela indústria. Por outro lado, ao contrário dos potiguares, os empresários do conjunto do país apontaram aumento no número de empregados (51,5 pontos) e mostraram-se satisfeitos com a situação financeira de suas empresas (52,1 pontos).

 

EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 13 de julho de 2021, mostram que a produção industrial do conjunto do setor cresceu pelo segundo mês seguido em junho, porém com menor intensidade quando comparada a maio.

 

Mais informações, acesse a Sondagem Industrial do RN: Indústrias Extrativa e de Transformação