Em discurso nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende cortar entre 30% e 50% dos recursos do Sistema S.
As entidades que integram o Sistema S, como o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), são importantes aliadas do Brasil na promoção de educação básica e profissional, inovação, tecnologia, saúde e segurança no trabalho.
Será que o futuro ministro sabe a importância dessas instituições para o país? Será que ele tem noção do prejuízo que representaria um corte desse tamanho em entidades que têm utilizado, de maneira qualificada e transparente, os recursos destinados pelas empresas privadas para suas ações?
Preparamos uma lista para mostrar o impacto que o corte de 30% nos recursos do SESI e do SENAI representariam:
A educação do SENAI é reconhecida internacionalmente – nas últimas edições da WorldSkills, a maior competição de educação profissional do mundo, o Brasil, representado em sua maioria por estudantes do SENAI, conquistou o 1º lugar (2015) e o 2º (2017). Além disso, a atuação do SENAI é reconhecida pela ONU.
Em todo o Brasil, o SESI recebe, por ano, mais de 1,7 milhão de matrículas em educação básica e continuada e ações educativas, oferecendo qualificação de qualidade e cidadania para os brasileiros.
O ensino oferecido pelo SESI tem atestado de qualidade. Com foco em ciências, tecnologia, engenharia, matemática e artes, a abordagem das 505 escolas do SESI vem trazendo resultados positivos, como o bom desempenho em português e matemática dos alunos do 5º ano do ensino fundamental na Prova Brasil – as médias foram superiores a dos alunos da rede privada.
Os profissionais que trabalham no SESI e no SENAI oferecem serviços de saúde, educação, inovação e tecnologia para diferentes públicos. Crianças, adolescentes, trabalhadores e indústrias serão prejudicados sem a atuação desses trabalhadores.
Com o corte de recursos, o SENAI teria suas atividades seriamente comprometidas, podendo ser obrigado, inclusive, a encerrar suas ações nestes estados. Seria o fim dos cursos de educação profissional e da atuação dos institutos de inovação e tecnologia, que tanto ajudam as empresas a se tornarem mais inovadoras e competitivas.
Todas as atividades do SESI seriam seriamente comprometidas, podendo até fechar as portas, nos cinco estados citados. Sem recursos, quem seriam mais prejudicados seriam jovens e trabalhadores de todo o Brasil.