Artigo do diretor da FIERN e presidente do COEMA: “DIÁLOGO, DIÁLOGO, DIÁLOGO…”

4/06/2020   14h47

 

Porque abrir esse artigo repetindo a palavra diálogo? Lembrei o escritor e dramaturgo Plínio Marcos, quando indagado porque apresentava o mesmo espetáculo há mais de 20 anos, o qual respondeu: “Como nesses 20 anos nada mudou, a peça continua atual”.

 

 

Desde nossa primeira lei sobre crimes ambientais, em 1998, o país passou definitivamente a pensar no desenvolvimento sustentável. Podemos inclusive afirmar que temos uma legislação completa e a mais avançada do mundo, mas que ainda não conseguimos realizar uma condução eficiente, onde o diálogo figure como valor decisivo na interpretação das leis face ao desenvolvimento socioeconômico. Sabemos também que entre a regulação e a implementação existe a transição, a qual nos leva a crer que a principal mudança entre a indústria e o meio ambiental é a filosofia de atuação.

 

 

Mais de 20 anos se passaram e a humanidade vive a angústia da pandemia, repleto de desafios e oportunidades de se repensar crenças, hábitos e atitudes. Certamente, haverá fortes mudanças no modo de vida, numa perspectiva de um estilo mais saudável de se viver, onde também se valorize a preservação do planeta.

 

 

Realçando a Semana do Meio Ambiente, é imprescindível chamar atenção para discussão de uma pauta que contemple nosso patrimônio natural. O desenvolvimento socioeconômico depende da convivência harmoniosa de diversos atores, num processo de conscientização contínuo, mas que se arrasta entre muitos interesses,`as vezes sacrificando a efetivação do bom senso, o que nos leva a concluir que ainda precisamos evoluir nas principais das leis: o diálogo.

 

Roberto Pinto Serquiz Elias, diretor 1º tesoureiro da FIERN, presidente do Conselho Temático do Meio Ambiente (COEMA) e do Sindicato das Indústrias de Reciclagem e Descartáveis do Estado do Rio Grande do Norte (SINDRECICLA/RN)