Atividade da Construção potiguar avança após dez meses seguidos de queda

26/10/2021   12h02

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, registra crescimento na atividade do setor em setembro. O indicador de evolução do nível de atividade do atingiu 51,5 pontos no mês, mostrando crescimento em relação ao mês anterior, após dez quedas consecutivas. Com esse resultado favorável, o nível de atividade chegou ao maior valor para um mês de setembro desde 2013, quando o índice alcançou 51,6 pontos. Ademais, o índice encontra-se 1,7 ponto acima do registrado em setembro de 2020 (49,8 pontos), e 8,5 pontos sobre sua média histórica (hoje em 43,0 pontos).

 

O número de empregados, por sua vez, voltou a registrar aumento (54,1 pontos), embora menor do que o verificado no mês anterior. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) subiu de 41% em agosto para 42% em setembro. Com esse aumento, o indicador encontra-se 7 pontos percentuais acima do valor registrado em setembro de 2020 (35%), mas 8 pontos abaixo de sua média histórica, atualmente em 49%. Já o índice do nível de atividade efetivo em relação ao usual, que revela quanto aquecida se encontra a atividade da Indústria da Construção, recuou 2,6 pontos em setembro, passando de 33,2 para 30,6 pontos, revelando que, na percepção dos empresários, a atividade estava abaixo do padrão usual para o período, tendência que se vem repetindo ininterruptamente desde outubro de 2013. 

 

No terceiro trimestre de 2021, a insatisfação da Construção com a margem de lucro operacional e a situação financeira das empresas diminuiu, mas o acesso ao crédito tornou-se mais difícil. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas, voltaram a subir, ainda que em menor intensidade em comparação com o trimestre anterior. 

 

Entre os principais problemas relatados pelos empresários, os seguintes ocorreram com maior frequência no terceiro trimestre de 2021, nesta ordem: falta de capital de giro (62% das citações), demanda interna insuficiente (31%), falta ou alto custo da matéria-prima (31%), insegurança jurídica (31%), elevada carga tributária (31%) e altas taxas de juros (23%). 

 

Todos os indicadores de expectativas cresceram na comparação mensal, mostrando maior otimismo quanto à evolução do nível de atividade, das compras de matérias-primas, dos novos empreendimentos e do número de empregados nos próximos seis meses. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir, alcançando 43,0 pontos: 7,3 pontos acima do índice de setembro (35,7 pontos) e 13,6 pontos sobre o valor registrado em outubro de 2020 (29,4 pontos). 

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 25/10 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, o emprego apontou queda frente ao mês anterior (índice de 48,9 pontos) e a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou um ponto percentual atingindo 65%. Apesar da redução, a UCO nacional alcançou o patamar mais elevado para um mês de setembro desde 2014, quando o indicador ficou em 67%, e está 3 pontos percentuais acima de sua média histórica, hoje em 62%. 

 

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