Construção potiguar tem expectativas otimistas, mostra Sondagem

27/07/2021   11h20

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A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, aponta mais um
recuo no nível de atividade da construção potiguar em junho, embora com menor intensidade do que o
verificado em maio. O indicador de evolução do nível de atividade ficou em 44,2 pontos apontando declínio
pelo oitavo mês seguido. No entanto, o número de empregados cresceu, segundo os empresários, após
sete meses em queda. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou para 38%, após três meses
em 42%. Por sua vez, o índice do nível de atividade efetivo manteve-se abaixo do padrão usual para meses
de junho, tendência que se vem repetindo ininterruptamente desde outubro de 2013.

 

Quanto à situação financeira, no segundo trimestre de 2021, a insatisfação dos empresários da Construção
com a margem de lucro operacional e a situação financeira de suas empresas aumentou e o acesso ao
crédito tornou-se mais difícil. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas, que começaram a subir no primeiro trimestre de 2020, amentaram ainda mais comparativamente ao
trimestre anterior.

 

Entre os principais problemas mencionados pelos empresários, dois foram apontados com maior frequência
no segundo trimestre de 2021: Falta ou alto custo da matéria-prima e Falta de capital de giro (ambos com
43% das indicações); em segundo lugar aparece a Elevada carga tributária (29%), seguida de Burocracia
excessiva e Competição desleal (com assinalações coincidentes em 21%).

 

Por outro lado, destaquem-se os recuos significativos nas citações direcionadas a dificuldades referentes à
Inadimplência dos clientes (de 43 para 14%), Licenciamento ambiental (29% para 14%) e Falta de
financiamento de longo prazo (de 14% para 7%).

 

Apesar da desaceleração na atividade, em julho de 2021, as expectativas da Indústria da Construção
potiguar em relação aos próximos seis meses são otimistas no que diz respeito aos quatro aspectos
avaliados, quais sejam, evolução do nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, número de
empregados e até mesmo compras de matérias-primas, este que têm um dos principais problemas do setor
durante a pandemia, em decorrência da escassez de insumos e preços elevados. Outro dado positivo diz
respeito à intenção de investimento do setor que continuou a subir pelo segundo mês, alcançando 39,8
pontos: 10,0 pontos acima do índice de junho (29,8 pontos) e 14,3 pontos sobre o valor registrado em julho
de 2020 (25,5 pontos).

 

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os
resultados nacionais divulgados em 26/07 pela CNI, observam-se várias avaliações convergentes. No
entanto, o nível de atividade e a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) cresceram no conjunto do
país, ao contrário do RN. Mas em todos os demais indicadores há coincidências, como nas expectativas
otimistas e, inclusive, na eleição da Falta ou alto custo da matéria-prima como principal problema enfrentado
pelo setor.

 

As informações e análise na íntegra da Sondagem Indústria da Construção estão disponíveis no link:
https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Sondagem-Industria-da-Const_junho2021.pdf

 

A Sondagem Nacional está acessível no link:
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondagem-industria-da-construcao/