Os dados do Novo CAGED assinalam a criação líquida de 5.955 vagas de emprego com carteira assinada no mês de agosto no Rio Grande do Norte. Trata-se do terceiro balanço positivo do ano e o maior saldo para um mês de agosto desde 2010, quando foram criadas 6.786 vagas. O volume relativamente alto de empregos gerados pode ser explicado por dois fatores. Em primeiro lugar, a alta sazonal da safra do melão, coincidente com a moagem da cana de açúcar.

 

Em segundo, as encomendas de fim de ano feitas pelo comércio ao setor industrial. Cabe, ainda, acrescentar que todo esse processo ocorre em um contexto de recuperação de demanda reprimida, em face da prolongada paralisação da produção e do consumo em todos os segmentos, em face da pandemia da Covid-19.

 

Nenhum dos quatro grandes setores assinalou saldo negativo em agosto. O melhor resultado foi verificado na Agropecuária (+2.694 vagas) e deve estar relacionado à safra de frutas, com destaque para os melões, além de mangas, bananas, melancias, e ao corte da cana. A indústria (incluindo Construção), veio em seguida (+2.418), com detalhes na seção seguinte. O Comércio gerou 659 empregos e os Serviços 184.

 

Por outro lado, no acumulado janeiro-agosto, todos os setores continuam com balanços negativos, com total correspondente a -9.920 vagas. Os Serviços ainda despontam como o de maior dificuldade para retomar algumas atividades, e, dessa maneira, assinalam o saldo mais negativo do período (-5.320) principalmente nos segmentos ligados a viagens e turismo (alojamento e alimentação) e transportes. Em seguida vem o comércio (-2.915), agropecuária (-939) e a Indústria (-746).

 

A Indústria  A Indústria registrou saldo de +2.418 vagas em agosto. Sobre o desempenho do setor, vale destacar o papel da Construção, – o menos impactado pela pandemia -, que, vem conseguindo amenizar o impacto dos cortes dos demais segmentos. No período janeiro – gosto, a Construção registrou o maior volume de empregos gerados na indústria (+1.599), e em agosto, assinalou o segundo maior saldo de vagas(+679), atrás do conjunto da Transformação (+1.657). Nesta, por sua vez, a Indústria sucroalcooleira foi o principal destaque, com a Fabricação de álcool (+1.069) e de açúcar (+468).

 

O maior desafio à recuperação do emprego com carteira na Indústria de Transformação potiguar vem sendo representado pelo segmento de Confecção do vestuário, cujo saldo de vagas continuou negativo em agosto (-265) e acumula o maior volume de cortes nos primeiros oito meses do ano (-1.999).

 

Quanto à localidade das principais movimentações de mão de obra em agosto, no ranking de abertura de vagas, despontam, Baía Formosa, Natal, Mossoró e Apodi; e no acumulado janeiro-agosto, Parnamirim, Pedra Grande e Alto do Rodrigues. Em termos de saldo negativo, Natal assinala, de longe, o pior balanço no acumulado ano, com -8.514 vagas.

 

Acesse o link para conferir a íntegra da síntese do CAGED agosto 2020 Rio Grande do Norte https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/10/sumario-caged-agosto-2020.pdf

 

Postagem JoLopes FIERN