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As empresas do Rio Grande do Norte que atuam na pesca oceânica têm a perspectiva de ampliar o acesso a financiamento para adquirir novas embarcações, que permitam o aumento de produtividade e ganho de escala. Esse foi o principal assunto da reunião do início da tarde desta segunda-feira, na Casa da Indústria, entre o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, o presidente do SINDIPESCA-RN, Gabriel Calzavara e o superintendente do Banco do Nordeste, Thiago Dantas.

 

“O setor pesqueiro é muito importante para a economia do Estado e tivemos esse encontro que tratou do crédito que permita investimentos na compra de novas embarcações, em um diálogo que envolve questões como modalidade do financiamento e prazo de carência”, explicou Amaro Sales. “Na ocasião, o Banco do Nordeste informou sobre uma linha de financiamento por intermédio da qual os armadores do Rio Grande do Norte poderão ter esses recursos”, acrescentou.

 

Durante a reunião, Gabriel Calzavara destacou que a pesca oceânica é um dos segmentos econômicos promissor, diante do potencial do mercado externo. “Essa busca de parceria com os agentes financeiros, como o Banco do Nordeste, é fundamental para que esse potencial se transforme em realidade”, disse.

 

O presidente do Sindicato da Indústria da Pesca do RN, SINDIPESCA, citou que o Estado atualmente é um dos principais exportadores de atum. “Mas precisamos dar um salto tecnológico. Isso envolve melhorar a refrigeração a bordo, mais autonomia das embarcações, que devem ser direcionadas especificamente para a pesca de atum”, destacou. “E tudo isso exige recurso para que o país possa assumir o protagonismo na pesca oceânica”, apontou.

 

O superintendente do Banco do Nordeste disse que a instituição financeira reconhece a possibilidade de financiar empresas do setor. “Quanto mais abrangente a pauta econômica, melhor para o desenvolvimento e não há dúvida de que a região Nordeste, com uma costa enorme, pode crescer nesta atividade, principalmente o RN que é mais favorecido neste aspecto”, comentou. Para ele, as instituições financeiras e as entidades empresariais podem avançar no diálogo para ampliar o acesso ao crédito.

 

Durante a reunião, o superintendente do Banco do Nordeste citou a linha de crédito disponível como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Aquicultura e Pesca (Aquipesca), que é assegurada com recursos do FNE (Fundo Nacional de Financiamento do Nordeste). Para Gabriel Cavalzara, ainda mais relevante do que a disponibilidade da linha de crédito é a decisão de firmar a parceria com o setor.