Inovar é criar valor

3/07/2017   07h00

Amaro Sales de Araújo, industrial, Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI

A pesquisa e a inovação são etapas indispensáveis à produção industrial, sobretudo, nos tempos atuais onde a mudança de hábitos é mais rapidamente vista, assim como, o nível de competitividade das empresas precisa melhorar, considerando que a economia globalizada nos impõe disputar mercado com empresas de diferentes nacionalidades.

 

Ademais, há um compromisso da indústria com a sustentabilidade ambiental, ou seja, fortalecer e ampliar os caminhos para uma produção que seja compatível com a preservação do meio ambiente e com todas as regras de proteção ao trabalhador, tanto as que se relacionam com sua saúde e segurança, quanto em relação a tentar melhorar o ambiente de trabalho.

 

Neste sentido, o Sistema Indústria tem trabalhado com muito afinco. A Confederação Nacional da Indústria, em particular, realizou nos últimos dias 26 a 28 de julho, em São Paulo, um evento que acentuou a importância do tema para a indústria nacional. O Presidente Robson Braga, em boa síntese, definiu que o “setor privado brasileiro quer liderar essa modificação de atitude no Brasil, renovando os compromissos com nossas empresas e com o país. Compromisso de se engajar na nova revolução industrial; compromisso de trazer a inovação para o plano estratégico das empresas; compromisso de difundir esses conceitos na cadeia de valor; compromisso de manter um diálogo aberto com o governo.”

 

Sendo assim, temas como Internet das coisas e sensores; Inteligência Artificial, ciência e análise de dados (analytics); Nanotecnologia; Biotecnologia; Robótica Avançada; Impressão 3D, dentre outros, passaram a ser assuntos inerentes a indústria 4.0, assim chamada a nova revolução industrial que nasce com a pesquisa, inovação e desenvolvimento de novos processos e produtos. Impossível, a partir de agora, vislumbrarmos cenários para o futuro onde tais temas e outros assemelhados não estejam presentes.

 

Também é muito atual a produção intelectual através das startups, novas empresas que exploram atividades inovadoras. As startups atuam muito em parceria, inclusive, com empresas maiores, auxiliando o reinvento de processos, a otimização de custos e a melhoria da competitividade dos empreendimentos, notadamente, industriais. Aliás, muitas empresas, de fato, se reinventaram, abandonaram mercados tradicionais, buscaram alternativas a partir da inovação.

 

O Sistema FIERN, integrante do Sistema Indústria, acompanha o momento através de iniciativas de suas casas – SESI, SENAI e IEL – e em parceria com outras importantes instituições do Sistema “S”, especialmente, o SEBRAE que, a bem da verdade, tem sido um relevante ator no processo de difusão de pesquisa e inovação para micro e pequenas empresas. Juntos, articulados com as Universidades, Fundações de pesquisa, Parques Tecnológicos e outros, estamos no início de uma caminhada que não voltará para o mesmo lugar, considerando que a informação será ainda mais rápida e o mundo cada vez mais interligado. Enfim, com os cuidados éticos que o tema exige, a caminhada aponta para a frente e sempre mais na mesma direção.

 

Publicado na Tribuna do Norte (02.07.2017)