Ministro de Minas e Energia garante permanência da Petrobras no RN, com ampliação de investimentos privados no setor de petróleo

18/12/2019   14h53

Ministro de Minas e Energias – Foto: Alex Regis

 

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu que a Petrobras permanecerá no Rio Grande do Norte. Durante o seminário Motores do Desenvolvimento do RN — na manhã desta quarta-feira, na Casa da Indústria —, ele assegurou que a estatal não deixará o Estado, embora passe a ter característica diferente da que teve desde que iniciou as atividades no território potiguar. “Podem ficar tranquilos. Terei uma audiência com o presidente da República e vou tratar do assunto. Mas já posso dar uma resposta [à governadora e aos empresários que participavam do seminário]: ‘A Petrobras não vai sair do Rio Grande do Norte. A empresa um papel importante no Estado e no país’”, destacou o ministro.

 

Bento Albuqueque afirmou, em seguida, que essa presença será com um modelo de atuação no mercado diferente da que a empresa teve ao concentrar a exploração, refino e distribuição de gás e petróleo. “A Petrobras é um motivo de orgulho nacional, mas está em uma nova fase e, por isso, nunca mais vai representar 60% do PIB do Rio Grande do Norte. Mas outras empresas vão ocupar esse espaço e a economia potiguar, com isso, poderá crescer até mais”, disse o ministro, ao falar durante o Motores do Desenvolvimento.

 

Ministro faz apresentação no Seminário Motores do Desenvolvimento – Foto: Aldemar Freire

 

Essa uma mudança do papel da Petrobras vai ocorrer com o estímulo à ampliação para investimentos privados. “É importante que a Petrobras esteja aqui (no Rio Grande do Norte), que tenha sua participação na exploração em terra, no pré-sal e mantenha as atividades dentro do seu próprio negócio. Concordo com isso. Mas há um novo momento de mudança até para a empresa possa se reerguer e se fortalecer”, ressaltou.

 

O ministro lembrou que a Petrobras detinha 75% do mercado de exploração e produção de petróleo no país, 100% do de gás, além de quase totalidade das atividades do refino. “Isso limitava os investimentos”, avaliou.

 

O ministro ressaltou que para impulsionar o setor um dos instrumentos do governo federal é o REATE (Programa de Exploração da Produção de Petróleo e Gás Natural em Terra). “Esse programa tem como meta implantar e desenvolver a política nacional que fortaleça a atividade de exploração e a produção de petróleo e gás no país”, explicou. Os objetivos são revitalizar as atividades deste segmento, aumentar a competitividade da indústria petrolífera e estimular o desenvolvimento local e regional.

 

Ministro conversa com governadora do RN e presidente da FIERN – Foto: Fábio Oliveira

 

O presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, fez uma avaliação positiva do pronunciamento do ministro. “Ouvimos as declarações do ministro com muita esperança. Ele trouxe um depoimento que apresentou a certeza da permanência da Petrobras, com novas características e a convicção de que investimentos das empresas que adquiriram as áreas de campos maduros no Rio Grande do Norte. Então, novos empreendedores vão participar efetivamente da economia potiguar. Com um detalhe, a Petrobras continua investimento nos campos o qual tem operação, como o do Amaro, uma extensa área”, disse.

 

Também participaram deste edição do Motores do Desenvolvimento a governadora Fátima Bezerra, diretores e gestores FIERN; o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz; o comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Alan Guimarães Azevedo, o vice-governador Antenor Roberto; o deputado Hermano Morais; o prefeito de Natal, Álvaro Dias; a prefeitura de Mossoró, Rosalba Ciarlini, além de empresários, diretores de instituições financeiras e secretários de estados.

 

O Projeto “Os Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte” foi criado para apresentar uma série especial de suplementos e seminários que pretende liderar um processo de discussão sobre os motores do desenvolvimento da economia do RN, levando à sociedade informação de qualidade sobre o presente e o futuro. O público participante do Programa é formado por empresários, lideranças políticas e pesquisadores, que costumam acompanhar as palestras e debates sobre economia.

 

Por Aldemar Freire – jornalista – Sistema FIERN