Nível de atividade da Construção potiguar cresce em junho, aponta Sondagem FIERN

26/07/2022   12h09

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, no mês de junho de 2022, o indicador de evolução do nível de atividade do setor atingiu em 53,2 pontos, mostrando crescimento da atividade em relação a maio, após sete meses seguidos de desaceleração, segundo a percepção dos empresários. Trata-se do maior índice para um mês de junho, desde 2010, quando o indicador alcançou 54,8 pontos, e a atividade se encontrava aquecida. Ademais, o índice do nível de atividade encontra-se, ainda, com 9,0 pontos de vantagem sobre o registrado em junho de 2021 (44,2 pontos) e 10,1 pontos acima de sua média histórica (hoje em 43,1 pontos). Mesmo assim, na avaliação dos empresários, o setor continua operando abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete ininterruptamente desde fevereiro de 2013. O número de empregados manteve o movimento de baixa que vem sendo observado desde novembro de 2021, registrando, porém, suavização no declínio. O nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO), avançou de 42% para 43% entre maio e junho, e registra cinco pontos percentuais de incremento quando comparado com a média de junho de 2021 (38%).

 

No primeiro trimestre de 2022, os empresários potiguares mostraram insatisfação com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas relativamente ao primeiro trimestre, apesar da moderação. Mas o acesso ao crédito foi considerado como ainda mais difícil. Todavia, consideraram que os preços médios das matérias-primas cresceram menos do que no primeiro trimestre.

 

Em primeiro lugar no ranking dos principais problemas enfrentados pelo setor no segundo trimestre de 2022, com 42% das assinalações, aparece a taxa de juros elevada. Empataram em segundo, com 33%, a demanda interna insuficiente, a falta de capital de giro e a elevada carga tributária. Coincidiram, ainda, em terceiro, com 25% de citações, a demanda interna insuficiente e a falta ou alto custo da matéria-prima. É importante ressaltar que a dificuldade relativa à escassez e preços elevados das matérias-primas foi significativamente amenizada no estado na passagem do primeiro para o segundo trimestre (de 39% para 25% das menções, respectivamente).

 

No que diz respeito às expectativas em relação aos próximos seis meses, em julho de 2022, os empresários da Indústria da Construção esperam crescimento nas compras de insumos e matérias-primas (53,7 pontos) e na intenção de investimento (36,6 pontos) e estabilidade na contratação de novos empreendimentos e serviços (50,0 pontos). Porém, esperam recuo no nível de atividade (48,1 pontos) e no número de empregados (46,3 pontos).

 

Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 25/07 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com destaque para o coincidente aumento no nível de atividade. No entanto, diferentemente dos potiguares, os empresários nacionais reportaram crescimento no número de empregados, consideraram que a falta ou alto custo da matéria-prima permaneceu como a principal dificuldade no segundo trimestre (recuou para o terceiro lugar no ranking do RN) e avaliam que há falta e/ou alto custo de trabalhador qualificado, citado por 20% (mas não mencionado como dificuldade no RN); além disso, na indústria do conjunto do país, os empresários seguem com expectativas positivas com relação ao nível de atividade e ao número de empregados nos próximos seis meses (contrariamente aos do Rio Grande do Norte).

 

Para acessar a íntegra da Sondagem local, favor acessar o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2022/07/Sondagem-Industria-da-Const_jun2022.pdf

 

Para maiores informações sobre a Sondagem Nacional, favor acessar o link: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/56/0b/560bf9b0-108d-4c67-b157-461e872c4afb/sondagemindustriadaconstrucao_junho2022.pdf