Presença da mulher em função de liderança e representação no Sistema FIERN

8/03/2022   08h43

A presença de mulheres na liderança de entidades que integram o Sistema FIERN tem avançado, com a participação feminina na presidência de Sindicatos representativos de setores industriais do estado. Atualmente, três mulheres estão à frente de Sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte.

 

As mulheres têm cada vez mais ocupado às funções de representação de segmentos no Sistema Indústria do Rio Grande do Norte e demonstrado capacidade de liderar, o que leva os associados dos sindicatos a renovarem seus mandatos.

 

Essa é a experiência da empresária Maria Conceição Tavares, que está no quarto mandato consecutivo como presidente do Sindicato da Indústria de Material e Laminados Plástico do Rio Grande do Norte (SINDPLAST). A empresária Zauleide de Queiroz Leite, por sua vez, renovou pela terceira vez o mandato de presidente do Sindicato da Indústria de Sorvetes, Congelados e Derivados do RN (SINDSORVETE). Mais recentemente, Helane Cruz foi eleita para presidir o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral do RN (SIFT).

 

Entusiasta da participação feminina

Maria da Conceição Tavares é uma entusiasta da participação feminina. Quando assumiu pela primeira vez o comando do SINDPLAST era a única mulher à frente de uma entidade representativa de um setor industrial no Estado. Ela também ocupa uma das vice-presidências da FIERN. “As mulheres têm participado cada vez mais, dado sua contribuição, demonstrado o quanto são capazes. Isso nas instituições e nas empresas. Por isso, conquistam espaço, com inteligência e dedicação. Sempre incentivo a participação. Claro, ainda é preciso avançar bastante”, diz a presidente do Sindicato da Indústria de Plástico do RN.

 

Maria da Conceição Tavares, presidente do SINDPLAST

 

Ela também é diretora presidente da IPLAN (Indústria de Plásticos Andréa Ltda.), empresa com 34 anos de mercado. Reconhece que houve momentos que precisou superar resistências, mas nunca desanimou. A dedicação à defesa da indústria plástica a levou também a estar integrada na Associação Brasileira da Indústria de Plástico (ABIPLAST), entidade nacional da qual faz parte do Conselho e onde também percebe a mulher cada vez mais participativa.

 

A atuação de Conceição Tavares já lhe rendeu prêmios e reconhecimentos, como o troféu ABIPLAST pelo desempenho empresarial e ser condecorada com a Medalha do Mérito Industrial Walter Byron Dore, concedida pela FIERN, em 2018.

 

Aprovação da gestão feminina

Na indústria de sorvete do Estado, o Sindicato conta com a liderança feminina. “As mulheres tendem, muitas vezes, a analisar detalhadamente, organizam de forma estrutural, observam com atenção o que dá certo e o que precisa de ajustes e racionam de forma ampla”, diz Zauleide de Queiroz Leite, presidente do SINDSORVETE. Ela foi eleita pela primeira vez em 2013. Desde então, os filiados à entidade renovam seu mandato a cada eleição.

 

Zauleide de Queiroz Leite, presidente do SINDSORVETE

 

Para Zauleide, a decisão dos representantes das empresas eleger e reeleger mulheres para comandar os sindicatos de setores expressivos da indústria do Rio Grande do Norte é uma demonstração de que aprovam essas gestões.  Nas corporações, afirma ela, o desempenho profissional feminino também não deixa dúvida dessa qualificação. “Essa tendência tem se confirmado com a mulher cada vez mais motivada e fica claro que se equipara ao homem na atuação profissional, inclusive com excelente capacidade de liderança. Na empresa, temos gestores homens e mulheres”, comenta.

 

Zauleide fundou, junto com o marido Antônio Jales Leite, a indústria Ster Bom, dividindo o espaço da pequena casa com a máquina de sorvete, no Alecrim, bairro onde começou a empresa. Atualmente, o grupo empresarial tem mais de 900 colaboradores. Em 2003, a empresária formou-se em administração de empresas pela Universidade Potiguar, alguns anos depois fez pós-graduação em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), tudo com o objetivo de contribuir ainda mais para o sucesso da Ster Bom.

 

Reconhecimento e consequências positivas

Eleita para presidir o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem do RN, Helane Cruz também percebe avanço na presença feminina nas instâncias de representação. E avalia que cresce a presença e o reconhecimento do trabalho das mulheres e isso tem consequências positivas para entidades e corporações.

 

Helane Cruz, presidente do SIFT

 

“Considero que é fundamental, porque significa também mais sensibilidade, humanidade e tendência ao diálogo nessas funções de lideranças”, diz. Ela ressalta que principalmente nos últimos cinco anos a ascensão aos cargos de mulheres e equiparação em salários tem sido cada vez mais comum nas empresas.

 

Helane Cruz tem formação em Serviço Social na PUC de Minas e, diante da oportunidade de trabalhar no Recursos Humanos, se apaixonou pelo desenvolvimento de pessoas, área na qual atua há mais de 15 anos.