O mercado imobiliário continua em queda e sem lançamentos. É o que revela a pesquisa “Indicadores do Mercado Imobiliário”, referente ao 2º trimestre de 2017, divulgada nesta quarta-feira, 16, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN.

 

Nos meses de abril, maio e junho foram vendidas 252 unidades residenciais (97 em abril, 79 em maio e 76 em junho), o que representou uma queda de 11,9% (34 unidades a menos), se comparado ao trimestre anterior (janeiro, fevereiro e março).

 

Também não ocorreram lançamentos no período, fato que se repete há dois anos. Hoje existem em estoque 2.237 unidades e o Índice de Velocidade de Vendas, que vinha fechando em torno de 5% desde o ano passado caiu para cerca de 3%.

 

Como consequência o desemprego continua aumentando. Há três anos o segmento oferecia 6 mil empregos. Atualmente são oferecidas 1.950 vagas. Comparado com o trimestre anterior houve uma redução de postos de 6,5%.

 

Sem lançamentos e devido às vendas, mesmo fracas, vai se estreitando cada vez mais as opções de compra do consumidor. Assim, ele pode ter condições de adquirir um imóvel, mas talvez não encontre no bairro ou com tamanho e características que deseja. Mas, por outro lado, em termos econômicos, o momento é ótimo para os consumidores porque as construtoras e incorporadoras seguraram os preços, criaram promoções e facilidades para reduzir seus estoques.

 

Para o presidente do Sinduscon RN, Arnaldo Gaspar Júnior, além das crises econômica e política, que inibe os investimentos e amedronta os consumidores, no caso do Rio Grande do Norte o setor enfrenta dificuldades impostas pelos órgãos públicos.

 

“É preciso que o país tenha tranquilidade e segurança jurídica e que os órgãos públicos sejam parte da solução da crise”, afirma o empresário, lembrando que existem empresas no estado interessadas em investir, mas o aparato burocrático público não deixa.