Agência Nacional de Águas expõe situação hídrica do Nordeste na reunião da Associação Nordeste Forte

24/04/2018   17h16

A diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias Ferreira, fez uma apresentação durante a reunião da Associação da Nordeste Forte, presidida pelo presidente da FIERN, Amaro Sales, nesta terça-feira, 24, em Brasília. Ela falou sobre Reservas Hídricas do Nordeste e a previsão de chuvas na região. “Temos que diferenciar seca de crise hídrica”, disse.

 

Ela explicou que de forma geral, a seca está relacionada a um desvio em relação às condições naturais médias de varáveis como precipitação, razão dos rios e umidade do solo. “Mas, além da falta de chuvas, a experiência da seca inclui outras situações, como deficiência de umidade do solo agrícola, quebra de produção agropecuária e impactos sociais e econômicos negativos que desencadeia”, afirmou.

 

E acrescentou que uma crise hídrica está instalada quando a disponibilidade de água é insuficiente para atender à demanda existente. “Isso acontece seja por falta de chuva ou pela falta de investimentos em infraestrutura para fazer frente ao crescimento populacional”.

 

Durante a palestra ela falou sobre a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte, e perenização de até 70 km do rio (Assu-RN a Macau-RN), na região do Baixo Açu, com a transposição das águas do rio São Francisco. De acordo com Christianne Dias, a barragem também atende cerca de 30% de Mossoró/RN. “As perspectivas para 2018: caso não haja recarga adicional no reservatório, é de manter as regras de restrição vigentes”, afirmou.

 

A restrição a que se refere é à irrigação e aquicultura, dando prioridade de atendimento para o abastecimento público e a dessedentação animal.

 

Segundo Christianne Dias, é importante aumentar a resiliência e a capacidade de resposta da Região Semiárida do Nordeste ante aos eventos de seca, que tendem a ocorrer com maior frequência e em maior intensidade em decorrência da mudança do clima.