Atividade industrial potiguar volta a cair em junho, mostra Sondagem da FIERN

26/07/2017   17h23

A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que a reação positiva no nível de produção industrial registrada em maio não se manteve em junho. Este comportamento foi puxado pelas pequenas empresas, que voltaram a assinalar contração, enquanto as médias e grandes sustentaram o crescimento, embora com menor intensidade.

 

O recuo, no entanto foi moderado, e não há indicativo de reversão da tendência reativa observada nos três meses anteriores. O emprego do conjunto do setor, por sua vez, registrou leve aumento. A utilização média da capacidade instalada da indústria (UCI) permaneceu estável em 68%, o mesmo percentual registrado em junho de 2016. Ainda assim, a UCI foi considerada pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para o período, comportamento que vem sendo observado desde setembro de 2011. Além disso, os estoques de produtos finais recuaram em relação ao mês anterior e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria. A intenção de investimentos voltou a cair em relação a maio, mas ainda é a segunda menor taxa dos últimos 19 meses.

 

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observa-se, que, além da produção industrial, outros aspectos foram favoráveis às médias e grandes indústrias em detrimento das empresas com menos de 50 empregados. Ou seja, moderado aumento no número de empregados, aumento da UCI, expectativas positivas em relação aos próximos seis meses no que diz respeito ao desempenho das exportações, da contratação de empregados e das compras de matérias-primas. Registre-se, no entanto, a coincidência de todos os portes no que diz respeito às perspectivas de aumento da demanda.

 

Quanto aos demais indicadores as avaliações convergiram. O conjunto dos empresários industriais potiguares mostraram-se menos insatisfeitos com a margem de lucro e a situação financeira de suas empresas, levando em conta o trimestre abril-junho em relação ao trimestre anterior, embora tenham considerado o acesso ao crédito mais difícil; também apontaram que os preços médios das matérias-primas tiveram um aumento menor do que no primeiro trimestre.

 

O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continuou sendo a elevada carga tributária, embora as assinalações tenham caído relativamente ao primeiro trimestre de 2017; seguida pela competição desleal, pela inadimplência dos clientes e pelas altas taxas de juros. Registre-se, ainda, o significativo aumento de citações dos problemas relacionadas à logística de transporte.

 

Comparando-se os indicadores mensais e trimestrais avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 26/07 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram redução no número de empregados, estoques de produtos finais estáveis e relativamente próximos ao nível planejado pelas empresas; e esperam queda no pessoal ocupado nos próximos seis meses, mas em menor ritmo.

 

CONFIRA A ÍNTEGRA DA SONDAGEM