Entrevista Perpétuo Cajazeiras (BNB) – Utilizando os recursos do FNE para fomentar a economia do Nordeste

14/07/2017   20h42

Entre as medidas apresentadas para melhorar acesso ao crédito, durante o lançamento do Roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”, realizado dia 14 de julho, no auditório da FIEPE, o Banco do Nordeste anunciou a redução da taxa de juros para capital de giro. As taxas passam a ser de 0,88% ao mês para pequenas empresas e 1,32% ao mês para as grandes empresas. Para 2017, o orçamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado pelo BNB, é de R$ 26 bilhões. Em entrevista, o diretor de planejamento nacional do BNB, Perpétuo Cajazeiras, detalha mudanças e estratégias para que os recursos do FNE cheguem ao empresariado e fomente a economia do Nordeste.

 

Confira a entrevista:

 

Em meio a crise econômica, o que pode ser feito para que as empresas tenham melhor acesso a crédito de capital de giro?

 

Muitas empresas estão com o parque industrial ocioso, devido a crise. E precisam de capital de giro, de fato. Decidimos baixar a taxa de juros para as linhas de capital de giro, que já eram baixas em torno de 1,5%, e podem ficar em 0,95% e 0,88% ao mês. Isto porque fazemos um mix com o FNE e recursos internos.

 

Qual o orçamento do FNE para 2017?

 

Temos recursos para atender a demanda do Nordeste, um limite total de Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) de R$ 26 bilhões. Destes, R$ 14,1 bilhões são caracterizados como dotação para aplicação de pequenas, médias e grandes empresas. E outros R$ 12 bilhões para infraestrutura.

 

O empresariado reclama de dificuldade em acessar crédito. A que se deve isso?

 

Às vezes, a ansiedade faz parecer difícil. Mas o trâmite dentro do banco é bastante rápido quando o projeto é bem elaborado, em até 90 dias. Mas nem todas as empresas estão organizadas contabilmente ou o projeto vem bem elaborado e precisa de ajustes, o que demanda mais tempo.

 

Como a atuação da Associação Nordeste Forte pode colaborar?

 

Por muito tempo, o Nordeste foi tido como o lado pobre do país. Nada mais oportuno que as federações das indústrias se reúnam para discutir assuntos distintos por estado, mas que, no fundo, são necessidades comuns. São discussões produtivas de alto nível, que consegue eliminar gargalos apresentados. E quando todos convergem para o desenvolvimento da região Nordeste, todos saem fortalecidos.