Nordeste Forte promove 5° roadshow Investimento e Desenvolvimento em Teresina

9/10/2017   08h05

 

O acesso a recursos, seja por meio de incentivos fiscais seja por linhas de crédito com condições diferenciadas, é uma das vias apontadas, por empresários e representantes de instituições financeiras e de fomento, durante o roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”, para que a economia da região possa voltar a crescer. O encontro foi realizado sexta-feira, 5 de outubro, em Teresina, no auditório da Federação das Indústrias do Piauí, e reuniu empresários, gestores públicos e representantes da Sudene, Associação Nordeste Forte, Apex, CNI e BNB.

 

O presidente da FIEPI, Antônio Moraes Sousa, destacou na abertura a necessidade de reposicionamento e planejamento da região como forma de fortalecer a Indústria e dar maior competitividade às indústrias dos nove estados nordestinos. A articulação da nova SUDENE com a Associação Nordeste Forte, que congrega reúne as Federações das Informações nordestinas, para repensar políticas para a região é, segundo o presidente, um passo importante para avançar no desenvolvimento socioeconômico.

 

“Este encontro com a nova SUDENE trazendo aos empresários as linhas de crédito, como acessar, o que pode ser feito para voltar a desenvolver nossa economia é bastante importante, sobretudo nesse período de retração. Conhecer vantagens e quais linhas existem e a forma de ter recursos com taxas mais baratas é fundamental para retomar investimento”, afirma Moraes Sousa.

 

A iniciativa para reposicionar a Sudene também foi ressaltada pelo diretor de assuntos econômicos da FIEPI, Freitas Neto, para planejar e aportar recursos para o retomada da economia regional. “Nesse momento de crise é ainda mais importante ter estas entidades, como Sudene, BNB, BNDES, Apex, CNI, junto com a Nordeste Forte articulando esses encontros, para aproximar e apresentar aos empresários formas de dar um novo fôlego e atravessar esse momento de dificuldade que vem dando sinais de que tá chegando ao fim”, observa Freiras Neto.

 

 

Pensar e estruturar políticas públicas regionais é um dos desafios que tem sido trabalhado pela Sudene, explica o superintendente da Sudene, Marcelo Neves, para que a região tenha o protagonismo e a competitividade necessários para se desenvolver. A realização dos roadshows, segundo ele, tem permitido a aproximação de entidades como o BNDES e empresários, além da ampliação da atuação do BNB, que opera os recursos do FNE, e dos demais órgãos parceiros dos encontros.

 

“A região Nordeste tem um potencial a ser trabalhado e muito as fazer para melhorar os indicadores sociais e econômicos. Para isso, é preciso estruturar políticas regionais e também pautar, com estas propostas e prioridades apontadas pela indústria e empresariado do Nordeste, os pretendentes a cargos nas eleições majoritárias de 2018, para que possamos alavancar o PIB e os indicadores da região”, frisa Neves.

 

 

Reconhecer o potencial que a indústria possui enquanto fator motivador do crescimento é, conforme explica Rogério Vieira da CNI, o início para se pensar soluções para a região. A iniciativa da Nordeste Forte em promover os encontros vem agregar contribuições que serão, afirma Vieira, incorporadas aos projetos de construção de políticas regionais.

 

“A Confederação tem buscado por meio da atuação política em defesa dos interesses da indústria, de construção de políticas públicas e de atividades técnicas para melhor gestão do crédito, como NAC, programas de apoio a micro e pequenas, são formas de somar esforços para retomar o crescimento”, ressalta Rogério Vieira. O Secretário-executivo da Nordeste Forte, Ernani Bandeira de Melo, também participou do roadshow, na sede da FIEPI.

 

 

Entidades apresentam ações para fomentar economia

 

O economista da Sudene, Ademir Villaça, apresentou aos empresários as linhas e como acessar recursos do FDNE, bem como está sendo aplicado. “As Federações das Indústrias tem um.papel forte nesse contato mais próximo com os empresários, para que ele possa conhecer como esses recursos podem viabilizar o negócio dele e com isso a economia da região”, disse.

 

Os empresários piauiense também conheceram os incentivos fiscais oferecidos pela Sudene, que buscam atrair investimentos privados e também fomentar as empresas locais ja existentes, com redução de 75% de imposto de renda das empresas e também de reinvestimento que podem significar em caixa, sobretudo nesse período de recessão.

 

O gerente de governo do BNB no Piauí, Diogo Rocha, observa que o banco está pronto para dar crédito. Dos R$ 26 bilhões do orçamento do FNE para a região, até então só foram aplicados R$ 11,7 bilhões. “Ainda é muito baixo para o que podemos fazer. Essa aproximação é importante para que possamos mostrar aos empresários as condições diferenciadas, taxas que foram reduzidas, tanto para capital de giro e para investimento”, observa Diogo. O FNE giro opera com taxas de 0.88% ao mês e o FNE Inovação com juros de 7.5% ao ano, por exemplo, mostra o gerente.