A economista do BNDES, Carine Silveira, disse durante o “Roadshow Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”, que as ações do banco estão centradas em reduzir prazos, juros e melhorar rotinas de análise e aprovação do crédito para melhorar o acesso de empresas da região Nordeste, que podem contribuir para sair da crise.

 

Entre as mudanças para facilitar o acesso, ela pontua as menores taxas de juros, a classificação do porte da empresa que foi ampliado, o uso de aplicativos, o portal da Micro e Pequena Empresa e processos que aumentam a velocidade da aprovação e novos canais de comunicação, como o simulador on-line.

 

Embora o BNDES não tenha condições diferenciadas por região, explica Carine Silveira, o fato de ter uma política voltada para as micro e pequenas empresas, segmento relevante no Nordeste, acaba beneficiando as empresas nordestinas.

 

“As linhas contemplam as MPES e se aproximam dos micro e médios empresários. Estamos focados em projetos de desenvolvimento regional, educação, saúde que também são formas de alavancar o desenvolvimento da região Nordeste, sempre de modo a buscar novas soluções e produtos para e parcerias”, afirma a economista.

 

Para ela, a aproximação com empresários, facilitada pelos roadshow, é importante para que o banco esteja mais presente no Nordeste e poder priorizar as demandas do empresariado local. Entre 2009 e 2016, o BNDES totalizou em financiamento R$ 5,8 bilhões em 31,3 mil operações, a 24,1 mil beneficiários diferentes. “Deste total, 64,5% nunca tinham acessado o crédito do BNDES. Precisamos ampliar ainda mais esses números”, observa.

 

Podem acessar o crédito desde microempresas (faturamento anual de R$ 360 mil) a empresas de grande porte, com faturamento acima de R$ 300 milhões ao ano. O BNDES financia máquinas e equipamentos, moveis e utensílios, construção e reforma, capital de giro, exportações, mão de obra e capacitação profissional.